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- Data: 06-07-2021
Covid-19: Sindicato contesta laudo do SESMT nas escolas
Atendendo a solicitação dos servidores da educação de Piracicaba, a Ouvidoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba e Região tem feito diversas diligências nas escolas da cidade. Profissionais da EM Francisco Benedicto Libardi entraram em contato e informaram que seis servidores foram positivados de Covid-19, no total de 50.
O Sindicato encaminhou dois ofÃcios à Secretaria de Administração de Piracicaba, solicitando que o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), acompanhado da Vigilância Sanitária, fizesse o acompanhamento destes servidores com suspeita ou positivados de Covid-19.
Em resposta, o SESMT esclareceu, em ofÃcio, que após ser notificado sobre o afastamento de duas servidoras, o técnico esteve na escola, conferindo se o protocolo sanitário estava sendo seguido na unidade.
âFoi apurado que uma das professoras esteve em sala de aula no dia 11 de junho, sem sintomas, conforme apresentado no inquérito clÃnico e no dia 13 de junho informou a diretora que apresentava sintomas, realizando a busca médica e se afastando a partir desta dataâ, informou no ofÃcio.
âMais uma vez, o Sindicato reforça que o inquérito de saúde praticado pela Secretaria de Educação, em parceria com o SESMT, é totalmente descabÃvel. Responsabilizar o funcionário em escrever se teve ou não contato com positivados é difÃcil, pois não se pode afirmar algo que não é palpável ou visual, como é o caso do covid-19â, disse Alexandre Pereira, vice-presidente do Sindicato. âLembrando que o servidor quando tem contato com outro servidor positivado, não é afastado de suas atividades. Isso só acontece se apresentar sintomasâ.
Segundo o SESMT, no dia 29 de junho, após a solicitação do Sindicato, o técnico retornou na escola, e apurou que outros três trabalhadores terceirizados se afastaram após sentirem sintomas, inclusive uma profissional de serviços gerais que recebeu a vacina no final de semana e se afastou.Â
âMais de 10% dos funcionários da escola apresentaram resultado positivo para Covid-19. Não é garantido que eles se contaminaram no ambiente escolar, mas o contrário também não. Por isso o Sindicato está solicitando a revisão dos protocolas sanitários para o retorno das aulas após o recesso, bem como o provável retorno de todos os alunos em agostoâ, disse a sindicalista Renata Perazoli.
O SESMT informou ainda, que todos os funcionários que preencheram o inquérito clÃnico, afirmando que não apresentaram sintomas aos assumirem suas atividades laborais na escola, e seguiram o protocolo de prevenção, onde mantiveram de máscara em tempo integral e realizaram o distanciamento entre demais trabalhadores da unidade escolar, averiguando, portanto, que não houve constantes diretos e possÃveis contaminações no local de trabalho.
Dentre os esclarecimentos, o SESMT também explicou que o ambiente escolar de acordo com a Ocupational Safety and Health Adminitration (OSHAS), estão em grau de risco médio/baixo de exposição, ou seja, o público NÃO são pacientes conhecidos ou suspeitos por portar o vÃrus. Ainda foram criadas medidas preventivas para limitar acesso à s pessoas (funcionários e alunos) com sintomas de covid.
âNos preocupa muito o fato de estarmos cada vez mais próximo da vacinação completa dos profissionais da educação e esse desespero para que as aulas voltem a normalidade. A aplicação da 2ª dose da vacina contra a covid-19 acontece até meados de setembro, quando todos os profissionais da educação deverão estar vacinados. Aà sim teremos mais segurança para os profissionais da educação, para os alunos e comunidade escolarâ, disse Alexandre Pereira.
O trabalho da Ouvidoria do Sindicato dos Municipais é buscar alternativas que possam garantir vidas. âComo estamos vendo, no cenário atual muitas pessoas jovens estão chagando a óbito. Os idosos já receberam as duas doses da vacina. Isso demonstra que os resultados da vacina são muito bons e eficazes. Garante vidas sim!â, disse o vice-presidente.
âCautela e paciência é o que pedimos, como representante da categoria, não só para a educação, mas para todos os servidores da linha de frente do COVID-19â, finaliza Alexandre Pereira.
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