Covid-19: Sindicato contesta laudo do SESMT nas escolas

Atendendo a solicitação dos servidores da educação de Piracicaba, a Ouvidoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba e Região tem feito diversas diligências nas escolas da cidade. Profissionais da EM Francisco Benedicto Libardi entraram em contato e informaram que seis servidores foram positivados de Covid-19, no total de 50.

O Sindicato encaminhou dois ofícios à Secretaria de Administração de Piracicaba, solicitando que o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), acompanhado da Vigilância Sanitária, fizesse o acompanhamento destes servidores com suspeita ou positivados de Covid-19.

Em resposta, o SESMT esclareceu, em ofício, que após ser notificado sobre o afastamento de duas servidoras, o técnico esteve na escola, conferindo se o protocolo sanitário estava sendo seguido na unidade.

“Foi apurado que uma das professoras esteve em sala de aula no dia 11 de junho, sem sintomas, conforme apresentado no inquérito clínico e no dia 13 de junho informou a diretora que apresentava sintomas, realizando a busca médica e se afastando a partir desta data”, informou no ofício.

“Mais uma vez, o Sindicato reforça que o inquérito de saúde praticado pela Secretaria de Educação, em parceria com o SESMT, é totalmente descabível. Responsabilizar o funcionário em escrever se teve ou não contato com positivados é difícil, pois não se pode afirmar algo que não é palpável ou visual, como é o caso do covid-19”, disse Alexandre Pereira, vice-presidente do Sindicato. “Lembrando que o servidor quando tem contato com outro servidor positivado, não é afastado de suas atividades. Isso só acontece se apresentar sintomas”.

Segundo o SESMT, no dia 29 de junho, após a solicitação do Sindicato, o técnico retornou na escola, e apurou que outros três trabalhadores terceirizados se afastaram após sentirem sintomas, inclusive uma profissional de serviços gerais que recebeu a vacina no final de semana e se afastou. 

“Mais de 10% dos funcionários da escola apresentaram resultado positivo para Covid-19. Não é garantido que eles se contaminaram no ambiente escolar, mas o contrário também não. Por isso o Sindicato está solicitando a revisão dos protocolas sanitários para o retorno das aulas após o recesso, bem como o provável retorno de todos os alunos em agosto”, disse a sindicalista Renata Perazoli.

O SESMT informou ainda, que todos os funcionários que preencheram o inquérito clínico, afirmando que não apresentaram sintomas aos assumirem suas atividades laborais na escola, e seguiram o protocolo de prevenção, onde mantiveram de máscara em tempo integral e realizaram o distanciamento entre demais trabalhadores da unidade escolar, averiguando, portanto, que não houve constantes diretos e possíveis contaminações no local de trabalho.

Dentre os esclarecimentos, o SESMT também explicou que o ambiente escolar de acordo com a Ocupational Safety and Health Adminitration (OSHAS), estão em grau de risco médio/baixo de exposição, ou seja, o público NÃO são pacientes conhecidos ou suspeitos por portar o vírus. Ainda foram criadas medidas preventivas para limitar acesso às pessoas (funcionários e alunos) com sintomas de covid.

“Nos preocupa muito o fato de estarmos cada vez mais próximo da vacinação completa dos profissionais da educação e esse desespero para que as aulas voltem a normalidade. A aplicação da 2ª dose da vacina contra a covid-19 acontece até meados de setembro, quando todos os profissionais da educação deverão estar vacinados. Aí sim teremos mais segurança para os profissionais da educação, para os alunos e comunidade escolar”, disse Alexandre Pereira.

O trabalho da Ouvidoria do Sindicato dos Municipais é buscar alternativas que possam garantir vidas. “Como estamos vendo, no cenário atual muitas pessoas jovens estão chagando a óbito. Os idosos já receberam as duas doses da vacina. Isso demonstra que os resultados da vacina são muito bons e eficazes. Garante vidas sim!”, disse o vice-presidente.

“Cautela e paciência é o que pedimos, como representante da categoria, não só para a educação, mas para todos os servidores da linha de frente do COVID-19”, finaliza Alexandre Pereira.



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